callema #3

domingo, novembro 18






A capa da callema #3 acabadinha de sair do forno...

Nas próximas semanas anunciaremos a data de lançamento. Estejam atentos!


colaboram em Callema 3:
Claudia Sánchez Gutiérrez
Francisco Vilhena
Duarte Duval
Pedro Relógio Fernandes
Joe Beswick
Maria Salles
Paulo Serra
Rebeca Hernández
Joana Meirim
Tiago Falcoeiras
Luís Quintais
Dário Neves
Bernardo Pinto de Almeida
Vera Santos
Tiago José de Oliveira Bolhão Páscoa
Sara Cadavid Espinha
David Vegue
João Figueiredo
Vítor Oliveira
Adriano Barão
Sophia Pereira
Luís Soares

1 comentários:

linfoma_a-escrota disse...

Ofereceste-me um mapa de ar claro para conquistar o cosmos,
sem sondagens, foi concurso pelo sortilégio dos prazeres
na natureza impetuosa do teu ser inconcebível por contrariar,
foste safira sádica que se transcendia a magoar o mórbido
e, impedir de amar com investidas, foram lutas diárias sem tentar
crescer e apreciar espirais de beleza esculturais que nos rodeavam,
desinstalar a chama romântica que desrespeita outros com indiferença
e, agir no hábito da barbárie como ave envergonhada de querer e escolher
gravar-te pulsânime pirâmide incandescente nas masmorras das veias.

Pensar teus corais faz-me esfaquear frenéticamente a jugular,
saber da semente suja pela repressão dum intelecto sem oxigénio,
abrasável única criança traumatizada, machadas minimais
enchiam com pedras escorregadias o caixão erodido de consciência,
suicidei-me porque te traía na testa, esquivava-se em ternura fria
sem brincadeiras novas, no escuro, restava dor suspensa, só
para te ter ao alcance pouco me interessava nosso bem-estar,
subliminar topázio invísivel, nunca ganhaste musgo, ficarei aqui

à espera que precises duma dúvida,
tua doce esmeralda do essencial,
de polir asas inseguras no negrume
que não soube embalar,
não vai ser em teu leito sepulcral
que não me vais conseguir manipular
pela fonte de força tão sensível
que até ao fim nunca compreendi.

Tenho que me alienar de secreções etílicas,
a suar adormeço sempre sem querer acordar nunca,
desperdiçando estrelas elípticas que se cicatrizam
e me cobrem as costas com um manto perpétuo
de exílio restricto à centelha inanimável, retiradas
do baloiço imortal de rubi que decorre sem cenário,
sinto nua nostalgia desumana, é utopia anestesiável
só com oito pregos espetados em cada olho oco.

in TREPIDAÇÃO/TREPANAÇÃO (ou a ausência de evolução)


2003


WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM